terça-feira, 9 de julho de 2013

Desatravancar a Mente pelo Yoga

Hoje não sei bem o que escrever. Continuo a «desatravancar» a vida. Assim deve ser.
Ontem, retomei a minha prática do Yoga. Aos poucos se vai conseguindo. O bichinho nunca morre.
E, lá está, é disso que falarei. Do Yoga.
Quem nunca praticou, não sabe. Desconhece o poder que esta prática desenvolve ou, por outra, desperta em nós.
Quando era pequena, a minha avó praticava Yoga. E dizia maravilhas da prática. Mas, por esse facto só, não queria nada a experimentar. Parecia-me ser algo deprimente e próprio apenas para a terceira idade. Não faço ideia que corrente praticava ela. Acho que nem ela sabia. Para ela, o Yoga era, efectivamente, uma prática desportiva que lhe beneficiava a coluna. Ponto.
Assim, criei na minha mente um preconceito. E, durante muitos anos, nem quis saber, até porque fazia ballet, quase a nível profissional, e não tinha tempo para mais.
A certa altura, o meu pai contou-me que tinha lido o livro de um grande mestre e que tinha experimentado uma prática que o assustara muito, porque o fizera praticamente deixar de sentir o corpo.
Fiquei admirada. Não sabia que o Yoga tinha «dessas coisas». Coisas que a mim me atraíam, uma vez que tinha o costume de meditar e de sentir coisas parecidas. Por mim própria.
Passados muitos, mas mesmo muitos anos, abriu um centro diante da minha casa. Farta da prática desportiva «à bruta» que fazia e em busca de algo mais completo, fui experimentar.
Escuso de dizer que fiquei literalmente viciada. Mas no bom sentido.
Apesar de ser uma escola que não recomendo a pessoas mais volúveis ou frágeis, devido à influência de um cabecilha menos escrupuloso, tenho de admitir que, até agora, não encontrei uma corrente mais completa do que aquela.
Mudei da noite para o dia. Ou, antes: despertei em mim aquela pessoa de quem me afastara, havia muitos e muitos anos e de quem sentia imensa falta. Eu.
O meu corpo mudou. A minha mente despertou. O meu espírito encontrou mais espaço.
Ontem retomei a prática, porque me afastei dessa escola e, desde então, sentia-me desolada. Só.
Experimentem. É o que posso recomendar. Note-se que a maioria das mentes esclarecidas que por aí andam pertence a um praticante de Yoga. Note-se.
«Desatravancar» a mente é difícil. Dá muito trabalho. Mas compensa. E o Yoga é um bom meio para o fazermos.
Repito: experimentem. Mas não uma aula apenas. Isso não chega para perceber. Já fui instrutora e apanhei várias pessoas que vinham à primeira aula com uma expressão de dúvida e de gozo estampada no rosto. Passavam a aula a rir-se com desdém. Nunca mais voltavam. Ainda não estavam preparadas? Não.
Boa viagem a todos os que tiverem a coragem de experimentar!

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